Campeão mundial de Jiu-Jitsu e primeiro brasileiro campeão do UFC. Mais de 100 faixas-pretas formados ao longo de sua trajetória como professor. E fundador de uma das academias de artes marciais mais bem-sucedidas do mundo, que tem como objetivo principal disseminar os benefícios do esporte. Já são 42 anos dedicados a arte suave, 31 deles ensinando. Tanto tempo de estrada rendeu a Murilo Bustamante a faixa-coral de Jiu-Jitsu, que corresponde ao sétimo grau. Após ter a nova faixa trocada pelo GM Álvaro Barreto e os Mestres Fernando Pinduka e Otávio Peixotinho, o líder da Brazilian Top Team (BTT) relembrou o seu início na arte suave e a longa jornada até conquistar a nova graduação.

“Essa jornada nunca acaba. Fiz um camp de três dias antes da cerimônia de graduação e, depois de 42 anos treinando Jiu-Jitsu e 31 anos ensinando, eu continuo aprendendo todos os dias. Fazendo um paralelo com a vida, o que o Jiu-Jitsu nos dá? Nos ensina a superar as adversidades da vida. Na vida, você tem altos e baixos, no Jiu-Jitsu você perde e ganha, mas você tem que continuar em frente. O Jiu-Jitsu nos dá disciplina, autoconfiança, autoestima… Eu era um garotinho inseguro e tímido quando cheguei no Carlson Gracie. Continuo tímido, mas a minha insegurança foi embora. O Jiu-Jitsu ajudou a fortalecer o meu espírito”, disse Bustamante.

No último domingo, dia 4 de agosto, uma cerimônia especial foi realizada na sede da BTT, no Rio de Janeiro, para graduar Murilo a faixa-coral. Com a presença de amigos, alunos, familiares e grandes mestres da arte suave, Bustamante ressaltou a importância do Jiu-Jitsu em sua vida.

“O Jiu-Jitsu mudou a minha vida. Fico muito feliz, agraciado e lisonjeada de carregar essa faixa, mas é uma jornada que não tem fim. A faixa é realmente um prêmio por toda a minha perseverança para chegar até aqui, mas o mais importante é a jornada, o aprendizado ao longo da vida, a forma como aprendemos a superar a adversidade através da luta”, concluiu.